Napoleão ad hoc

É de uma ironia puta que eu reste aqui, observando com olhos inertes esse dramalhão tragicômico.Sem falar no mau gosto dessa experiência pós-morte. Eu, apesar de não ser grande consumidor de religiões e versões do além, sempre supus que haveria um fim digno - que poderia ser uma espécie de tela preta (para mim), ou … Continue lendo Napoleão ad hoc

Enfim, o país do amanhã

Mais cedo nessa semana publiquei dois textos longos em que analisava os parâmetros formais e estruturais que eu via em jogo na disputa entre os dois candidatos à presidência. Tentei me furtar à impetuosidade e ao clima apocalíptico e escatológico que tem tomado a cena pública, e tentei me situar considerando que estamos em um … Continue lendo Enfim, o país do amanhã

Flora Jair

Eu acordo estranhando o fato de ter dormido – mas com certeza dormi, porque a dor nas juntas, nas costas, no abdômen, no rosto, no corpo todo lateja de um jeito certamente mais nítido do que alguns segundos atrás. O cheiro de umidade me enoja, uma vez mais. Desde quando será que estou aqui? Parece … Continue lendo Flora Jair

Submissão

Em "Submissão", publicado no Brasil em 2015 pela Alfaguara, o romancista francês Michel Houellebecq retrata uma França em transição: transição do modelo democrático secular para o modelo islâmico (teocrático, ao que tudo indica). A contrário de nossas intuições mais rápidas (e preconceituosas), a transição não é fruto de uma tomada violenta de poder ou de … Continue lendo Submissão

Os tempos e os modos da violência à brasileira

Estou até as tampas com suas teorias, seus poemas e partidos revolucionários. Por aqui a palavra Direito não se fez por inteiro. Vagner Souza, “Sofrimento de Fátima”   Certa vez discutia com Vagner Souza, um educador, poeta e amigo, sobre a violência de Estado no Brasil e sobre o impacto dos acontecimentos políticos recentes nesse … Continue lendo Os tempos e os modos da violência à brasileira