Tenho visto tanta gente circulando informações sobre revoluções, mobilizações e atos que deveriam não ser, ou poderiam ter sido, ou que não foram como deveriam ser que julguei apropriado lembrar nesta minha coluna de episódios históricos tão claramente não ocorridos em nossa história recente. Os bons leitores de Perfume, de Patrick Suskind, certamente estarão lembrados … Continue lendo Balas e rojões de um festim esquecido
Tag: Borges
Às margens do tempo
Pequenos ou grandes, velozes ou vagarosos, ocupados por taciturnos ternos ou preocupados velhinhos, eles passavam, e passavam, e passavam - carros, ônibus, caminhões; em algum lugar próximo a ele um trem passava, ruidoso. A hostilidade do alarido urbano e uma espécie de claridade excessiva estavam-no deixando zonzo. Ele olhava. Parado na calçada, o corpo … Continue lendo Às margens do tempo
Palavras têm gosto de nada
Para Jorge Luís Borges, que continuamente tem me surpreendido e mobilizado, são poucas as idéias - essas poucas idéias fazem-se muitas por serem pensadas de formas e ângulos distintos por homens distintos. Há escritores com tino para o efeito estético do uso das palavras, que transmitem aquela idéia que não é só deles de forma … Continue lendo Palavras têm gosto de nada
perder-se – Ruínas de Astérion
I. O medo se aguarda no bolso direito, do paletó. Just in case. Anda-se em linha oblíqua, em direção à segunda estrela. À direita. Até o amanhecer. Somos muitos, mas poucos são os que sobrevivem aos primeiros dias. Porque o medo já não espera muito. Muitas das curvas … Continue lendo perder-se – Ruínas de Astérion
O duplo – ABRASME, RJ, 2010
All the things you would do gladly, oh without enthusiasm, but gladly, all the things there seems to be no reason for your not doing, and that you do not do! Can it be we are not free? (BECKETT, Molloy) Escrevi um texto fechado e o lerei aqui – talvez porque tenha medo; talvez porque … Continue lendo O duplo – ABRASME, RJ, 2010