Olha pra mim,
olha pra mim e diz do que te marca.
Marcam-te as cruzes,
As luzes
De Natal e de shopping
Ou os berros dos homens,
Imagens de santo?
Marcam-te os louros,
Os ferros e os fogos,
As mortes de idosos
crianças nos morros,
Marca-te a dor dos pobres que,
Pobres,
Sofrem sem brilho ou socorro?
Marca-te a vontade de agrado,
O medo do acaso ou o medo do fado,
O preço do dólar, estar fora da moda, morrer por esmola,
Perder-se lá fora
Ou perder-se por dentro?
Fala, amor,
Conta pra mim com açúcar e sem demora
O que te atola,
Te inibe, te esgana, te agride, te amola,
Procura na estola
Um truque que aplaque
O vazio que te vem.
Será que há de quem?,
Meu amor,
Será que ele vem?
Será que te preenche,
Te organiza os porvires e afaga os quereres,
Será que aparece o querer que te tece
Em querente só em busca do bem?
Olha pra mim, amor,
Explica o que te marca.
Te marca o que existe?
Te marca o que insiste?
Te marca o que foi
Ou te marca o além?
Curti bastante seu blog 😉 você escreve bem, gostaria de te convidar para conhecer o meu, espero que goste também. Obrigado!
Muito bom!