Ora vejo que me acompanham, ora vejo que me perseguem, ora vejam o tipo de absurdo a que me submetem, tomem nota, compadres, tomem tento, tem gente com medo de gente de dentro, e gente temendo que venham de fora os terrores maus tempos de infernos por vir, dizem que chamam na coreia, a do norte, o obama de macaco, o mesmo obama que nos esteites chamam de comunista, e que por outra via os que veem pela veja chamam também de comunista, e que alguém em algum lugar chamará de fascista, nazista, racista, neopentecostal, valha-me deus, de onde tiram e onde metem tanta afronta e tanto embuste, encontrei no facebook uma senhora, outro dia, ainda agora, defendia o feminismo com o dedo em riste, defendendo-se de outro senhor que defendia alguém do feminismo, também com dedo em riste, e as acusatórias redemoinhavam entre si, apontando cada um para o lado dos seus cada quais, e aplaudiam os machistas os dedos em riste machistas, e os feministas os feministas, e em ensimesmar-se diziam com dedos em riste coisas há muito não vistas, que metidos em guetos cibernéticos já se reconheciam e se engrandeciam e se admiravam uns aos outros, e era alegria verem-se odiando aos outros que diziam absurdos lá do lado de fora, e procuravam em torno os rancores e os ai-como-me-amola, e com esses amolavam com cuidado a faca com que um dia cortar-se-iam os pescoços um dos outros, e seria, meu deus, se seria um desgosto, de despencar valor de ações dos grandões figurões da dita rede social, facebook, que faria então revisões e adaptações, e diriam altivos “a nova versão, melhorada, não tem nada disso, é louvável e belo o desenho do algoritmo”, agora, se me pergunta eu te digo, em nada disso acredito, me parece embuste, um ataque, um feitiço, é gente mal-quista que fez tudo isso, se quer saber o que penso, senhor, eu te digo: isso é coisa de gente ruim, com as más intenções bufantes, nos ataca a pátria e se pega nos mata, tira gente de bem de sua casa e descasca a raça, é ataque racista, nazista, fascista, coisa de gente ruim, de judeu, de cigano, chinês ou cubano, amarelo ou vermelho ou preto, ariano, é ameaça a nós, meu senhor, e temos de fazer algo urgente premente decente, pela bem de nossa gente, é pra ontem, senhor!