Se numa noite de inverno

      Frio, frio abraço da indiferente noite. Arremessado às vazias circunstâncias da massa inquieta perpasso-me em parnasianos devaneios e aconchegantes calafrios, anacrônico, estranho, alheio. Dissolvo-me no ondear de uma linguagem que, me invadindo, não me pertence, apagado como uma vela encerrada na parafina que a contorna em vida. Sendo em sido, historiado em … Continue lendo Se numa noite de inverno

Terceira margem: o cuidado entre a instituição de ensino e a instituição atendida

  Este texto é a base de uma fala apresentada em um evento em 2008. Os cinco autores escreveram este texto tendo como objetivo a comunicação - e talvez, com isso, a elaboração - de uma experiência de estágio bastante difícil. Resulta de um processo de narrativa coletivo.Os cinco participantes deste processo estiveram envolvidos, no primeiro semestre … Continue lendo Terceira margem: o cuidado entre a instituição de ensino e a instituição atendida

Vértices da alienação

            Em Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, Marco Polo narra a Ghengis Khan as cidades fantásticas que encontrou ao longo de suas viagens; cidades sem fim se seguem no livro, breves relatos, como se fossem sonhos, cidades não-todas, cidades-proposta, cidades-fantasia. Em meio aos relatos, Khan e Polo se desafiam, pensando se as cidades invisíveis são … Continue lendo Vértices da alienação

Winnicott, a função-autor

I. DEFINIÇÃO PROVISÓRIA DE FUNÇÃO-AUTOR             Tiro essa idéia de função-autor de Michel Foucault, como deve estar claro para a maioria: mais especificamente, de seus trabalhos "o que é um autor?" e "a ordem do discurso". Quem quiser saber em mais detalhes do que se trata, sugiro esses dois breves textos.             Para nosso trabalho … Continue lendo Winnicott, a função-autor