Eventualmente pareceu-me evidente que, quisesse manter em bons termos a vida com a arte que me cava os ossos, teria de haver-me em confrontação, por bem ou por mal, com a necessidade de inscrever em meus dias o ócio. Ócio, veja, que me doi, posto que me expõe a esse aperto que é, de fora … Continue lendo A musa e o monstro
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Sheylla e as mortes – um monólogo
O amor, quando o descobri, foi belo. Não belo como mensagem motivacional, nem belo como comédia romântica: foi belo como o pulsar do sangue, belo como a morte. Belo, o amor, como a queda do amor pelas mãos do sexo, a vitória e a glória da baixeza sobre os ideais da bela vida. Quando descobri … Continue lendo Sheylla e as mortes – um monólogo
Eu faço angústia e branco até mais tarde e tenho muita fome de manhã – buarqueana #1
- Um café e um pão na chapa, faz favor. Da mesa do canto, encostado à janela, vê-se o mundo acordando do lado de lá - os carros que passam, disciplinados e indolentes, infalivelmente presentes à procissão do dia que vem; a moça que vende os bolos com gosto de água de torneira, o … Continue lendo Eu faço angústia e branco até mais tarde e tenho muita fome de manhã – buarqueana #1