Escrevo para ajudar a tornar pública uma iniciativa que promete! Trata-se do Observatório de Saúde Mental (como o título do post antecipa), proposto a partir do último encontro Vamos Falar de Saúde Mental, realizado no Sedes Sapientiae, aqui em São Paulo, no dia 13 de abril.
A equipe está em composição e procurando interessados em compor as três equipes atualmente em operação (são 4 grupos, mas o GT4 ainda está vinculado ao GT1, totalizando portanto 3 grupos). Quem quiser participar pode escrever para vamosfalardesaudemental@yahoogrupos.com.br (se não der certo escreve para mim que eu encaminho para o pessoal da coordenação).
O e-mail que está circulando por aí segue com uma lista dos nomes e e-mails dos inscritos até a última atualização; eu optei por suprimir esta lista, posto que não pedi autorização para essas pessoas para usar seus nomes e e-mails aqui. Isso implica em uma mudança, já que não daria para “entrar em contato diretamente com as pessoas do grupo”, como o Convite veicula, sendo necessário escrever ou para o e-mail acima ou para mim, mesmo.
Segue o texto do Convite:
Convite para participar do Observatório de Saúde Mental, Drogas e Direitos Humanos do Sedes.
Olá a todos!
Somos do coletivo “Vamos Falar de Saúde Mental?”, que se reúne no Instituto Sedes Sapientiae há aproximadamente dois anos e meio, somando nove encontros. Nesse percurso, muitos foram os atores que ajudaram a construir discussões que sempre apontaram para as questões emergentes no campo da Saúde Mental em São Paulo (estado e município), no contexto brasileiro e internacional.
Além de discutir os retrocessos que viemos sofrendo nos últimos dez anos em nosso estado, tendo em vista a política nacional de Saúde Mental, pautada no SUS e na reforma psiquiátrica, sempre buscamos apontar uma ação política que pudesse fazer frente a tais desmandos.
Paralelamente fomos fortalecendo o coletivo para atingir esse objetivo.
Já há algum tempo vem sendo gestado, a partir do Vamos Falar de Saúde Mental, um Observatóriode Saúde Mental, Drogas e Direitos Humanos, ligado ao Instituto Sedes Sapientiae, que tem longa história de resistencia nas lutas políticas progressistas mais importantes do país.
As funções do observatório que almejamos são:
a) ser um centro receptor e emanador de informações, gerando apropriação da discussão por todo e qualquer interessado;
b) recepção e encaminhamento de denúncias no campo da saúde mental, drogas e direitos humanos;
c) articulação dos diversos grupos de luta antimanicomial e outros movimentos sociais na defesa de objetivos comuns;
d) produção de informação (textos, vídeos, programas, notícias, livros, jornais , cartilhas e o que mais pudermos inventar…) para abrir diálogo, fazer frente e subsidiar discussão que tenha como princípio a reforma psiquiátrica, e as experiências e acúmulo de saber no nosso campo, para diferenciados públicos e interlocutores: população em geral, trabalhadores da saúde, grande mídia e mídia alternativa, redes sociais. Produções que se pretendem políticas (manifestos; abaixos-assinados (, ) etc.), jornalísticas (reportagens, cronicas, artigos etc.) e científicas (de produção de saber, em todas as suas formas);
e) qualquer outra que o coletivo construir, desde que possível na estrutura observatório.
O coletivo definiu a fundação do observatório já há tempos, mas as condições concretas de sua efetivação em termos jurídicos , econômicos e sobretudo de mobilização coletiva só surgiram agora, no último encontro, acontecido em 13 de abril, onde mais de setenta pessoas reunidas, firmaram o desejo e o compromisso da sua efetivação.
Com a aprovação da Diretoria do Sedes e a possível parceria com a UFSCAR como financiadora, e um coletivo disposto a enfrentar o que estamos vivendo em nosso estado (internação compulsória, demissão em massa no Caps Luís Cerqueira/Itapeva, exclusão da psicanálise do escopo de tratamento do autismo, só para citar os mais recentes), estamos dirigindo a todos que se sintam provocados o convite para ajudar na fundação do observatório.
Após a última reunião do coletivo, delineamos três grupos de trabalho:
GT 1 – Viabilização do Observatório
Tem como objetivo concretizar em termos jurídicos e econômicos a fundação concreta do observatório.
GT 2 – Escritos e Comunicação
Será responsável por toda produção e divulgação do observatório nesse primeiro momento. Tem como primeira tarefa elaborar um manifesto em defesa do CAPS Luís Cerqueira.
GT 3 – Articulação com outros movimentos
Aglutinar os diversos grupos interessados e parceiros, articulando açoes. Primeira tarefa: organizar junto a marcha do 18 de maio algo sobre o Caps Itapeva.
GT 4 – Análise de Conjuntura
Por enquanto funcionará junto com GT 1
Solicitamos a todos interessados que escrevam diretamente para o grupo que queiram participar. Os grupos se auto-gestionarão, e coordenaremos os trabalhos via mails, por enquanto, dando notícias de todos a todos nos mais amplos meios que conseguirmos… Pessoal do Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública, se tiver sugestões de organização , ferramentas etc, será muito benvindo, precisamos de ajuda.
O importante agora é juntarmos o máximo de pessoas/ movimentos/ articulações pra fazer a coisa andar… vamos falando!!! Podem divulgar para quem quiser, chamar pessoas. O coletivo é de todos e de cada um.
Em dois dias enviaremos a ata, onde as discussões do último VFSM estarão detalhadas. Quem quiser acessar outros documentos do grupo, atas anteriores etc, tem um link na página inicial do sedes.
Saudações antimanicomiais!
Comissão Organizadora do Vamos Falar de Saúde Mental
Patricia Villas-Bôas
Myrna Coelho
Mariana Ribeiro
Tatiana Janke
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